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A rosa viveu o que vivem as rosas, o espaço de uma manhã.

terça-feira, 7 de setembro de 2010




Um Moinho

A travessia é dura
Dias de chuva, noite de frio
Dias bem quentes, noites sombrias

Nesse caminho confuso
Nessa estrada sem placas
Entre o reto e o obtuso
Todos afogam suas mágoas

Com a bota furada
Pisando em barro ou em pedra
Pronto em pé ou na queda
Tiro o melhor na caminhada

Se encontro uma rocha grande
Serve para descansar
Se encontro um mar
Sou filho de navegante

Se a fome quiser ser minha sombra
Como um pedaço de pão
Se não saciá-la
Posso matar um leão

Tudo posso e tenho
Se a força não me faltar
Como um moinho de água
Que mesmo se o poço secar
Usa o vento pra roda......
Nunca parar de girar.

André Anlub

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